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  • Foto do escritorJoão Marcos Psicólogo

As privações de ser quem sou proporcionam dores que não precisam ser sentidas

Precisamos lembrar que na tentativa de privar alguém de ser como é, também estou escolhendo me privar de conhecer esta pessoa de como ela realmente é.


As privações do ser e a busca pela perfeição inalcançável proporcionam dores que não precisam ser sentidas. Mas quais as possíveis consequências ao escolher deixar de ser quem sou, ou quando ocupo um espaço que me priva ser quem sou, da forma como sou?


1. Dentre estas, há a possibilidade de culpa, por nunca poder me sentir ou expressar quem sou, da maneira como sou. Na culpa, carrego o peso de uma privação, além disso o arrependimento não é incomum, já que vivi uma meia vida, escondendo uma parte dela.


2. A busca inalcançável pela perfeição. É possível sermos perfeitos? Você já conheceu alguém que nunca errou? Ao estar sempre em busca pela perfeição, deixo de viver a potência de ser quem sou, e a vida como ela é — imperfeitamente perfeita. Ao estar nessa busca constante, também estou suscetível à frustração constante.


3. Insatisfação constante, afinal, como me sentir satisfeito se escolho performar uma vida que não a minha? 4. Necessidade de controle — e com isso, de novo, a frustração constante, por não conseguir controlar tudo e/ou todos. Porém, quando me permito ser quem sou, também posso estar suscetível ao afastamento — por estar sujeito à desagradar pessoas. Mas a notícia boa aqui é: você não precisa agradar a todos e é possível viver sem a aceitação do outro.

Ou seja, em ambas as escolhas estarei desagradando alguém — lembrando que ao “não escolher” também estou fazendo uma escolha — mas a questão é:


Vale a pena deixar de ser quem é para agradar alguém? O quanto aprecio quem sou e o que sinto?


O ciclo herdado das gerações pode ser quebrado. Não é preciso matar quem somos para nos tornar o que esperam que sejamos.

Aqui seguem algumas indicações de filmes para a família que podem exemplificar melhor as reflexões aqui levantadas, e que evidenciam a importância da família no acolhimento às diferentes formas de ser:


Red: crescer é uma fera (2022, Disney)



Lucca (2021, Disney)



Encanto (2021, Disney)


E aqui, indico dois livros:

“A coragem de ser imperfeito” — Um livro que fala sobre como aceitar a própria vulnerabilidade, vencer a vergonha e ousar ser quem você é. Brené Brown, a autora do livro, também possui um talk show disponível na Netflix que também aborda sobre os assuntos, chamado de “The Call to Courage”.


E o segundo livro é indicado para os pais e/ou responsáveis, chamado de: “Como falar para seu filho ouvir e como ouvir para seu filho falar”, das autoras: Adele Faber e Elaine Mazlish. O livro é ilustrado com divertidos quadrinhos que demonstram situações concretas e oferecem soluções inovadoras para problemas comuns em famílias, como lidar com sentimentos negativos, expressar emoções, conseguir a cooperação das crianças e resolver conflitos.


Obrigado por chegar até aqui. Por: Psicólogo João Marcos de Souza CRP 08/34130 — 18 de março de 2022.


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